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07 Janeiro
CURSO
Curso de Modelo Vivo (intensivo)
Autor: Paulo Ramos

É um enorme prazer apresentar o primeiro Curso de Extensão Modelo Vivo (intensivo) - Coordenação de Artes Visuais 

Público: à Comunidade e aos alunos da instituição (os alunos de Artes Visuais podem ganhar bolsas de gratuidade) 

Professor: Sergi Arbusà + alunos do Curso de Artes Visuais 

Sala: Laboratório de Desenho (12º andar)

Local: Univeritas - Rio. Rua Marquês de Abrantes, 55, Flamengo, Rio - RJ

Horário: das 17:00 às 19:00h 

Datas: 14 a 18 de janeiro 

Preço: R$  250 

Vagas: min. 6 pessoas, max. 20 pessoas 

Inscrições: extensao.univeritas.com

Informações: artesvisuais@univeritas.com /// tel: (21) 996991201

 

Proposta: O Curso de Desenho de Modelo Vivo é criado para quem estiver interessado na prática e aperfeiçoamento do desenho acadêmico. Através da representação do corpo humano, presente, o aluno trabalha a expressão artística a partir do figurativo. Os elementos da linguagem visual como proporção, composição, anatomia, equilíbrio, noção de profundidade, luz e sobra, linha, forma, volume e espaço, são aprimorados no desenvolvimento do desenho. 

Contexto: O estudo do corpo humano, assim como o estudo da realidade em que estamos inseridos como seres humanos, a partir do desenho e da pintura, se remonta à época clássica. Já no período da Grécia arcaica, aprimorado na Grécia clássica e aprofundado na Grécia helenística, o minucioso estudo das formas, a partir do nu, em busca da proporção, da beleza, expressão de sentimentos e movimento, foi uma pesquisa de grande relevância na concepção antropocêntrica do mundo, científica e estética.  

Esta pesquisa, baseada na representação mimética da realidade para o entendimento do mundo em que vivemos, a partir da ciência e do conhecimento, foi interrompida por uma visão teocêntrica do mundo, a Idade Média, também conhecida como Idade das Trevas. 1000 anos de dogmatismo, controle de conhecimento e promoção da fé como ferramenta de conhecimento, presentearam a humanidade com o sentimento de culpa e pudor do próprio corpo.  

Só na Itália renascentista, voltou-se o olhar para os clássicos e recuperou-se à visão antropocêntrica do mundo. Voltou o iluminismo, o conhecimento científico e a pesquisa pelo saber. Neste contexto, além de outros grandes avanços, o estudo da forma voltou a se centrar na representação realista e o corpo humano foi o objeto principal desta pesquisa. Não por acaso, é nesta época em que reaparecem representações de figuras despidas, depois de tantos anos de censura. O Nascimento de Vênus (1483), de Botticelli, é considerada a primeira pintura que recupera o corpo nu, e o David (1440 aprox.), de Donatello, a primeira escultura pelada.  

A partir do Renascimento, em que começa a se cultivar a ideia de academia, o antropocentrismo se estabelece como corrente dominante e, com algumas exceções, a pesquisa pelo conhecimento científico e o que norteia a relação entre o ser humano e seu entorno. Já no Brasil, a conhecida Missão Artística Francesa, fundadora da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, a atual Escola de Belas Artes, trouxe consigo a formação acadêmica e, com isso, o estudo da forma através do corpo humano. Neste contexto, o estudo a partir de modelo vivo, tanto na aproximação estética como na aproximação científica, sempre foi muito ligado ao conceito de academia e virou símbolo da educação acadêmica nas artes.  

Nesta condição, ainda hoje, as escolas de arte que oferecem uma formação chamada de formação acadêmica, arquitetam todo o curso entorno do Curso de Modelo ao Vivo como núcleo estruturante, como a Escola de Belas Artes da UFRJ, École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, de Paris, The Florence Academy of Art, em Florença ou na Facultat de Belles Arts, da universidade de Barcelona. Também existem outras propostas de cursos que não apresentam uma formação acadêmica mas que entendem a importância da tradição como a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ o inclusive em escolas de comunicação como a Cásper Líbero, em São Paulo. 

Público Alvo: Iniciantes, amadores e profissionais que procuram um aprofundamento na linguagem do desenho; especialmente indicado para os alunos dos Cursos de Artes Visuais, Belas Artes, Design, Comunicação e áreas afins. 

Justificativa: Com o Curso de Artes Visuais começando, desde o departamento acreditamos que é importante nos colocarmos como um agente sério e ativo no ensino das Artes Visuais. Apresentar um bom Curso de Desenho não é simplesmente uma questão de identidade assim como também é uma questão de qualidade. - Na Univeritas também fazemos arte, e fazemos bem. 

Observação: É importante destacar que este curso é um curso de uma sensibilidade especial. Por causa disso, não haverá nenhuma tolerância à falta de respeito e serão cobradas de forma estrita as normas de conduta em anexo.  

 

Bibliografia:  

BERGER, John. Sobre el dibujo. 9 edição. GGili, Barcelona, 2011. 

 

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